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Arquitetos: FGMF
- Ano: 2016
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Fotografias:Rafaela Netto
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Fabricantes: ABB, Alessandro Busana, Deca, Greenhouse, Jorge Pensi Studio, Lumini, Lux Obras, MAV Esquadrias, Mr. Cryl, Pedrali, Portobello, REKA, RJ Pinturas e Decorações, Rocha Soares Serralheria, Senibeton Fabricante Bricolagem, Viamar Piscinas
Descrição enviada pela equipe de projeto. O complexo Dom Pedro, consiste em dois clubes completos, com sedes, acessos, e áreas externas de esporte e lazer. A arquitetura deveria possuir uma identidade única, mas propor de forma independente organizações de fluxos, espaços e dimensões, relações com vistas e entorno, quase como dois projetos em um.
Após diversos estudos, decidimos dar início ao projeto pelas áreas externas – organizamos o espaço de quadras, campos, playgrounds, piscinas e acessos, e previmos os espaços mais adequados para cada edificação sede. Como partido para as construções partimos de um pressuposto simples – Adotamos uma espécie de “unidade volumétrica” a partir de uma decupagem do programa original. Com essa redução programática obtivemos uma clareza de setorização de cada área importante da edificação – vestiários, sala de ginástica, hall, salão de festa, serviços, acesso e assim por diante.
Cada uma dessas unidades do programa foi organizada buscando a melhor localização para as edificações, e sua relação com os espaços externos e fluxos internos. Para cada unidade criamos um volume que varia em dimensões e alturas, mas sempre segue a regra de ter duas faces abertas, uma para o acesso principal, e outra para as piscinas e vistas. Passamos então a entrelaçar os volumes e criar construções contínuas. Esse entrelaçamento hierarquiza a setorização do programa possibilitando a identificação de cada área à distância, enquanto cria uma volumetria quase escultórica, que cria diferentes e interessantes visuais para o usuário que se encontra em diferentes locais do complexo.
As paredes internas foram recuadas do volume principal unitário e revestidas de madeira preservando a volumetria principal. Todos os volumes receberam revestimento cimentício integral – piso, paredes, tetos. No entanto buscamos três variações leves de cinzas entre esses revestimentos para ressaltar a independência entre a função de cada espaço.
Como embasamento para cada construção foram utilizados muros de arrimo em gabiões de pedra aparente, normalmente utilizados na construção de infraestrutura como um contraste com a pureza dos volumes acima. Esses volumes ficam recuados ou em balanço sobre essas contenções, debruçando-se para a vista ou para as piscinas.
O resultado geral do projeto foi o de um partido único e forte para as duas construções do complexo resultando em volumetrias quase escultóricas. Apesar da clara relação entre as construções, e partidos iguais, cada uma delas possui um caráter único e relações muito intimas com o programa externo e a natureza circundante.